quinta-feira, 31 de março de 2011

Open your eyes

Não há nada mais predatório e falso do que a Competição; Predatório porque não existe classificação. Na prática, vale a máxima: "O 2º colocado é o 1º perdedor". Falso porque ainda não nos foram apresentados os clones humanos.

Ninguém é igual a Ninguém.
É ilegal colocar diferentes cadeias de DNA competindo pelo mesmo pódium.
A única competição legítima é a do indivíduo com ele mesmo.

A insanidade social não percebe, por ex., o dano que as tais "escolinhas de futebol" fazem à auto-estima das crianças.
O que para minha geração foi divertimento de moleque(cas), hoje se tornou uma profissão de adulto-mirim não remunerado.
Se não jogar bem, o (a) garoto (a) não é escalado (a) para as competições.
Fica lá no banco, humilhado (a), perante toda a assembléia.

Os adultos também não percebem que o tênis de US$1.000 é insuficiente para transformar o atleta de fim de semana num maratonista queniano.
E que é falta de raciocínio gastar uma baba, num relógio com resistência a profundidade de 200 m para quem por pouco não se afoga na banheira.

Ronaldo Fenômeno é um só.
Mesmo que Barrichello tome banho de espumante no domingo, as nossas particulares segundas-feiras continuarão as mesmas.
Alienar-se no personagem do outro é uma forma de mascarar as necessidades de desenvolvimento pessoal.

A corda esticada além do alcance esgarça.
Sou completamente a favor da prática de esportes e do desenvolver e aprimorar os dons e potencialidades humanas, mas com exigências individuais.

Tenho a competição como um comportamento anti-cristão.
Ela é perversa e mentirosa.

Se você foi vítima dessa arma das trevas e sobreviveu, ainda é tempo de recuperar o auto-amor. E se tiver filhos, avalie o quanto essas práticas são responsáveis pela baixa-estima neles.
Abra seus olhos.

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