segunda-feira, 21 de setembro de 2020



Sobre a imutabilidade dos Planos Divinos e da Onisciência de Deus

 

Tempos imemoriais... Leve sua mente para um tempo além do tempo, que chamamos Eternidade, onde reinava o equilíbrio nos multiversos.

 

Havia uma Fonte Original de Energia a partir da qual toda a vida se fez. Nós chamamos essa fonte de Deus. Gn 1,1.

Dentre a miríade de seres criados estão as chamadas Hostes Celestiais que se dividem em anjos, arcanjos, querubins, serafins, tronos, dominações e potestades. Elas acumulavam um quantum de energia com propósitos a partir da Fonte, tendo em vista a manutenção da vida e o equilíbrio do Universo. Assim como as árvores das mesmas sementes se diferenciam num grande terreno, um desses seres, da categoria querubim (Ez 28,14), se destacou em meio à Criação, por sua beleza, sabedoria e inteligência. Frente a essa variação, tomou-se de orgulho e por se achar maior que os demais desejou a Independência dos Planos Originais, quis igualar-se à Fonte e assumir o comando. Quis Adoração, que em essência é devolver à Origem o que dela emana, assim como as águas retornam para os mananciais. Lúcifer arregimentou seu próprio séquito. Depois ele organizou uma rebelião e após sucessivas negativas de conciliação, e da mesma forma como um câncer precisa ser extirpado, ele, cujo nome significa “Portador da Luz”, foi banido da Corte Celestial, junto com os seus seguidores, até um destino final dentro do Tempo/Eternidade.   

 

Ainda em mente os tempos imemoriais, havia interesse pela Fonte de implantar manifestações de sua própria existência num pequeno sítio no universo que chamamos Terra. Alguns estudiosos dizem que foram 6 as raças pré-adâmicas, sendo a raça humana a 7ª e última. Sobre todas elas Lúcifer e os demais caídos fizeram interferências e afora a raça humana, todas as demais foram sucessivamente eliminadas. A 6ª interferência tomou dimensões tão catastróficas que frente à gravidade do ocorrido todo o conteúdo existente na terra foi destruído, conforme relatos de Gênesis 1,2, que na tradução correta é a Terra “tornou-se”  (no lugar de “era”) informe e vazia”. Gn 1:2,3

 

Ainda em tempos que se perdem na eternidade, que alguns estabelecem como há cerca de 6/7 mil anos, a raça humana foi aqui implantada, com o diferencial de ser a primeira formada “à imagem e semelhança de Deus” e portanto, indestrutível em termos espirituais. Por isso o entendimento de um destino eterno  no Céus ou Inferno que duram “para sempre”.

“E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.

E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Gn 2:15-17.

Gênesis não é o registro bíblico mais antigo (Livro de Jó),  e seu relato não se encontra na ordem exata dos acontecimentos, carecendo de maior atenção para entendimento pleno, mas através desse trecho podemos perceber claramente que havia algo perigoso anteriormente registrado, assentado no fato de o Criador ordenar a Adão não só lavrar, mas também guardar. A pergunta é: por que Adão deveria guardar o jardim? E de quem? 

Não por acaso, lembre-se do “espírito de rebeldia e rebelião”, Lúcifer decidiu interferir novamente e fazer à sua maneira, alterando a espécie humana, naquilo que, o relato simbólico constante em Gênesis, ou Livro das Origens, estabeleceu através da mordida da maçã ou talvez mais precisamente, uma picada de serpente. Há inúmeras hipóteses sobre o que tenha efetivamente acontecido ali, mas essas especulações não são importantes nesse breve relato. O que se sabe é que esse acontecimento tem como referência a chamada Queda do Homem – a semente da Serpente inoculada no DNA Humano, alterando os planos originais da Fonte para com essa manifestação de vida chamada Raça Humana. Depois disso e sempre, Satanás persiste em usar de sua estratégias para interferir novamente nos planos do criador para a redenção, “o conserto” daquilo que foi desconfigurado desde o Éden, como nas propostas eugenistas e mais recentemente alterações no DNA e na busca da construção de um super homem com o auxílio da robótica.

 

Dentre as emanações e manifestações da Fonte de Vida existe uma Vida Especial que é Uma com a Fonte, de nome Emanuel, tradução em “Deus Conosco”. Foi esse Emanuel, que chamamos de Jesus, O que planejou e executou pessoalmente a implantação da semente humana no planeta terra. Por isso a raça humana e tudo o mais é Dele. Conforme carta do apóstolo Paulo aos romanos 11,36: Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas.”


Lembre-se desses pontos para prosseguir na leitura:  a  raça humana criada à imagem e semelhança de Deus, Jesus como o Criador,  o sangue como a fonte de Vida, e o fato de quem transmite o Sangue é o pai.

“Então disse DeusFaçamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Gn 1:26-28. Sobre o “façamos”, os eruditos apontam aqui uma das manifestações da trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo).

Através dessas elucubrações podemos ter uma referência daquilo que não há compreensão dentro da lógica humana, sobre a necessidade do “Sacrifício de Sangue de Jesus”, agora o Cristo (messias, salvador), para a Redenção da Raça Humana. Esse é o terreno da fé, que se explicada de maneira lógica passa para o terreno da razão e perde o sentido de ser. (Heb 11)

Assegurou-lhes Jesus:

“Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” Jo 14,6 “Esclareceu-lhe Jesus: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá.” Jo 11,25.

Dentro dos Planos de Restauração da Raça Humana, o propósito é a escolha pela luz de Cristo através do ensinamento do Evangelho, traduzido por “Boas Novas”.

“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”. Rom 8,2

“quanto mais o sangue de Cristo, que mediante o Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará completamente a nossa consciência de comportamentos que conduzem à morte, para que sirvamos ao Deus vivo!” Heb 9,14

“Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os faz viver, assim também o Filho dá a vida a quem Ele desejar”. Jo 5,21 ...”assim como lhe outorgaste autoridade sobre toda a carne, para que conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”. Jo 17,2

 

Isso tudo significando que não há Morte Eterna para quem se alinhar ao aprendizado trazido ali. Neles e em parte dos demais textos chamados novo-testamentários há expressões apropriados sobre “Novo Homem e Velha criatura”, “corpos mortais X corpos imortais” e “corpos restaurados” porque o propósito original para o Homem na Terra é a Imortalidade. (Fil 3,21; 1Cor 15,42-44; 1Cor 15,20; ICor 15,51-53; Jo 20,27-28; Mc 16,14).

E o livro de Gênesis diz que a morte entrou no homem pela inoculação do pecado (alteração, divisão, separação do Propósito).

a fim de que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Rom 5,17.

Elucidando sobre a formação da Igreja de Cristo, estes  são os seguidores de Jesus, os que a partir da vontade, da escolha,  desejarem viver de acordo com o previsto no projeto da Fonte para a raça humana.  Aqui é sobre escolher pela vontade de Cristo ou alinhar-se às interferências de Lúcifer.

E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. Mt 4,9 (sobre Satanás tentando Jesus no pináculo do templo em Jerusalém).

Em algum momento da história da terra, esses dois grandes grupos serão apartados, a “colheita da semeadura”, descrita nos Evangelhos.

 

A Bíblia diz que, essa Igreja que é simbolicamente um corpo espiritual cuja cabeça é Jesus (1cor 12,17), será arrebatada de maneira sobrenatural, como já demonstrado no Antigo Testamento, na figura de 02 personagens Elias (2Rs 2)  e Enoque (Gen 5,24 e Heb 11,5) “arrebatados aos céus em vida, sem passar pela morte”. Nesse tempo de colheita, a igreja ficará durante 7 anos num lugar chamado Jerusalém Celestial (Ap 21), uma espécie de cidade flutuante e durante esse período, os que não foram “lavado e remidos” no Sangue de Cristo, o Cordeiro de Deus, ficarão aqui na terra sobre o governo das hostes de Lúcifer, o governo do Anticristo. Será um tempo de muito sofrimento e a derradeira oportunidade para os demais decidirem de que lado querem ficar pela eternidade afora.

“Ele existe antes de tudo o que há, e nele todas as coisas subsistem. Ele é a cabeça do Corpo, que é a Igreja; Ele é o princípio e o primogênito dentre os mortos, a fim de que em absolutamente tudo tenha a supremacia. Porquanto foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude”. Col 1

 

Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele  viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” Ap 21,1-4

 

Passados os 7 anos, Jesus prenderá Satanás e seus asseclas em dimensões especiais, restaurará o planeta e descerá novamente para a terra com os que foram arrebatados. Ele estabelecerá Seu governo, cuja sede será a Jerusalém Celestial que ficará acampada sobre o território da atual Jerusalém, por um período de mil anos, de acordo com o propósito original para raça humana. O milênio é um parêntesis muito especial na história da Humanidade. No milênio conviveremos com os que tem corpo glorificado, que são os que foram arrebatados e os que terão ainda corpos mortais, os que ficaram e sobreviveram à Grande Tribulação, que foi o período do governo do anticristo sobre a terra. Haverá nascimento e morte dentre esses, mas a vida será muito prolongada como no início dos tempos na terra.

Depois do Milênio haverá um Julgamento Final sobre todos os acontecimentos e seres envolvidos desde a criação da Vida e da raça humana sobre a terra.

Alguns trechos para estudo:

·         A volta de Jesus visível e pessoal (Mt 24,30; Ap. 1,7)

·         Ressurreição dos justos mortos (I Ts 4,13-16)

·         Justos vivos transformados e trasladados (I Ts 4.17)

·         Os ímpios vivos são mortos (II Ts 2,7-8)

·         Satanás será aprisionado (Ap. 20, 1-3)

 

Após o Julgamento Final (Ap 20,11), Deus, na figura de Jesus, dará a raça humana “Novos Céus e Nova Terra”, (Is 65,17 e Ap 21) conforme a fidedignidade dos planos para a humanidade, porque os planos de Deus não mudam e serão efetivados como na matriz original.

 

Deus se surpreendeu com a rebelião de Lúcifer e sua interferência sobre a raça humana? Claro que não. Um dos atributos da divindade é a onisciência. Deus sabia de tudo desde sempre, e para não restar dúvidas Ele registrou tudo nos céus. As Constelações são um registro de toda essa história. Lúcifer leu esse texto cósmico e sempre tentou enganar a humanidade através da distorção deles. Um dos codinomes bíblicos de Lúcifer é “Enganador” e “Pai da Mentira”. Muitos milênios antes do nascimento de Jesus, Lúcifer, conhecendo a história, vem desorientando a Humanidade, apresentado falsos cristos como Mitra e fundando seitas, em recorrentes tentativas de desviar o homem do caminho original. Basta pesquisar com acuidade, não importa a região geográfica e os povos, o transfundo espiritual é sempre o mesmo ao redor de todo o Globo.

Por isso tantos caminhos espirituais que são chamados na Bíblia de “caminhos de morte”.

O estudo da história bíblica através das constelações (Mazzaroth)  é riquíssimo, definitivo, inquestionável. Lá estão descritos Jesus, seu nascimento através da virgem Maria, Satanás, o nome e a função dos seres caídos,  assim como dos seres fiéis ao Eterno e o final da história com o triunfo de Jesus sobre todas as Coisas.

Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.   Sl 119,89

Embora isso, sobre estudar com eruditos, tenha em mente:

Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Mat 11,25